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quarta-feira, janeiro 23, 2013


Resenha: Looking for Alaska (Quem é você, Alasca?)

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RESENHA: LOOKING FOR ALASKA, JOHN GREEN

Miles Halter é um adolescente fissurado por célebres últimas palavras — e está cansado de sua vidinha segura e sem graça em casa. Vai para uma nova escola à procura daquilo que o poeta François Rabelais, quando estava à beira da morte, chamou de o “Grande Talvez”. Muita coisa o aguarda em Culver Creek, inclusive Alaska Young. Inteligente, engraçada, problemática e extremamente sensual, Alaska levará Miles para o seu labirinto e o catapultará em direção ao Grande Talvez. Quem é você, Alasca? narra de forma brilhante o impacto indelével que uma vida pode ter sobre outra. Este livro incrível marca a chegada de John Green como uma voz importante na ficção contemporânea.
Para início de conversa, li o livro em inglês e em pdf, o que intensificou e, ao mesmo tempo, diminuiu o fervor da leitura do livro. Sendo o mesmo, o segundo do John Green que já li em minha vida (li primeiro "A Culpa é Das Estrelas").

Meu interesse pelo livro começou pelo tumblr com aquela citação clichê e batida que todos conhecem "if people were rain, I was a drizzle and she was a hurricane", e seguiu-se assim com inúmeras pesquisas pelo google até que, enfim, encontrei o livro pra download e o amor foi instantâneo.

Miles é um garoto. Alaska, uma garota (por óbvio) e enquanto todas outras pessoas fumam por diversão, ela fuma para morrer.

Colonel é o primeiro amigo de Miles 'Pudge'. E entre pegadinhas na escola e namoradas à parte, você se encontra rindo, chorando e quase implorando por mais, mesmo que o livro doa no âmago. A frase tudo que é bom dura pouco se aplica de modo infernal à esse livro.

"É verdade que você coleciona últimas palavras?”

Ela correu para o meu lado, agarrou meu ombro e me fez sentar novamente.

“É, sim”, eu disse. E, um pouco hesitante, acrescentei: “Quer fazer um teste?”

“JFK”, ela disse.

“Mas isso é óbvio”, eu respondi.

“É?”

“Não. Essas foram suas últimas palavras. Alguém disse: ‘Sr. Presidente, Dallas ama o senhor’, e ele: ‘Mas isso é óbvio’, e tomou um tiro.”

John Green tem uma lábia e vai te levando e quase que te obriga a ler as próximas páginas. O livro não é tão grande, então, em menos de dois dias o devorei e na semana seguinte, o devorei de novo.

Você se engana se está pensando que esse livro é clichê e bobo, pelo contrário, ele contém diversas reflexões e é até mesmo um pouco pesado. A narrativa é simples e flui facilmente uma vez que se começa a ler.

O interessante do livro é ele ser divido entre "tantos dias antes" e "tantos dias depois" de um acontecimento que não vou contar (estou tentando não dar spoiler algum). Só aviso de antemão que, nos livros de John Green, o "felizes pra sempre" quase nunca é plausível e muita coisa ele deixa por conta de sua imaginação.

Narrado em primeira pessoa, o livro te faz sentir como se você estivesse preso dentro da cabeça de Miles, vivendo o que ele vive, sentindo o que ele sente, apenas tentando escapar do labirinto. Enfrentando guerras e ganhando apenas batalhas pessoais.
O livro te choca, te esmaga... E, quase como Alaska, é um furacão. E você não pode impedir de se sentir devastado.

“Hoje, acredito que somos mais do que a soma das nossas partes. Se pegássemos seu código genético, suas experiências de vida, seus relacionamentos com outras pessoas e os enxertássemos num corpo do mesmo tamanho e com as mesmas proporções, ainda assim não teríamos outra Alaska. Existe algo mais. Uma parte que é maior do que a soma das suas partes cognoscíveis. E essa parte tem de ir para algum lugar, pois não pode ser destruída.”

Por: Tamires

2 comentários:

M. disse...

Oi,

Também estou procurando o livro, você não poderia, por favor envia-lo?

morga.naa07@gmail.com

Agradeceria muito.

Unknown disse...

Também quero muito lê-lo pode me enviar? Obrigada!

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