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segunda-feira, janeiro 28, 2013


Capitu - Lygia F. Telles e Paulo E. S. Gomes

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“Capitu é um belo roteiro para cinema que reconta um dos maiores clássicos da literatura brasileira: Dom Casmurro, de Machado de Assis. Escrito conjuntamente por Paulo Emílio Sales Gomes e Lygia Fagundes Telles em 1967, o texto se vale do recurso de flashbacks para recriar, pela linguagem plástica das imagens, os motivos que levaram a adolescente Capitu a conceber um plano de casar-se por interesse e as razões de sua possível infidelidade. A edição inclui posfácio de Lygia Fagundes Telles, que relembra as circunstâncias em que foi redigida sua única parceria com Paulo Emílio, sob a ditadura militar.”
Nem só de bons livros se faz um blog de resenhas, certo? Corretíssimo.

Capitu é uma adaptação do clássico de Machado de Assis, “Dom Casmurro”, para o cinema nacional. Sim, existe o livro de um “roteiro” de cinema e eu o li. Mas sinceramente, eu não gostei nem um pouco.

Eu já li alguns contos da Lygia e a acho boa. Quanto ao seu parceiro de escrita, não sei nada. Ler um livro “dela” e não gostar me deixou chateada, pois esperava mais de uma escritora tão renomada no nosso país.

E por que eu não gostei? Porque achei fraco, com um final bobo e decepcionante.
Não sei o que pode ter dado de errado durante o processo desse livro, porque a escrita é muito boa, já a narrativa... A narrativa deixa muito a desejar. Principalmente pelo fato de que a história só fica mais animada faltando umas 50 páginas para o fim (sem nem ser tão bom assim) e o verdadeiro clímax fica para o último capítulo. Desanimador.

O livro inteiro é praticamente sobre a pacata vida de Bentinho e Capitu casados e depois, de Bentinho e Capitu casados e com um filho. Nós nunca chegamos a ponto nenhum com isso. Do jeito que a história foi proposta, a relação dos dois só se torna um “encher de linguiça” sem objetivo.

Eu tenho “Dom Casmurro” e ainda não o li. Pretendo ler este ano ainda, principalmente para poder tirar a prova de que “Capitu” foi só uma má experiência. Ouvindo boas críticas em relação ao original e tendo “O Alienista” como base no meu currículo de leitora, acredito que Machado de Assis não vai me decepcionar.

Para não ser injusta e falar mal de um roteiro que pode ter se saído bem como filme, procurei pelo mesmo e encontrei dois trechos no youtube. Vocês podem ver o trecho inicial aqui e a “parte que deveria ser mais emocionante” aqui (se você se interessou, não assista o segundo vídeo, pois contém SPOILERS). Mas continuei achando que não deu certo.

Não sei como é a minissérie que foi produzida pela Rede Globo (também chamada “Capitu”). Quem assistiu o que achou? Comentem aqui com a gente.

Mesmo depois do meu desapontamento você ainda se interessou pelo livro? Você provavelmente pode encontra-lo em sebos ou bibliotecas – não o achei nem na biblioteca de domínio público nem em livrarias virtuais. O meu eu peguei numa doação que a biblioteca da minha escola fez.

Por ter uma boa escrita, sai daqui a adaptação do clássico de Dom Casmurro com um único cafézinho, já que no resto, o livro deixou a desejar. E por hoje é isso. Saio daqui feliz por saber que continuo a compartilhar experiências – sejam elas boas ou ruins - e a deixa-los atualizados, e seguindo de cabeça erguida para uma próxima leitura que seja melhor! Beijão e até o próximo livro!
“A verdade? Ora, a verdade era aquele mar, o misterioso mar com suas ondas espumejantes arrebentando nas pedras.”
Por: Laura

quinta-feira, janeiro 24, 2013


RESENHA COMBO: AS VANTAGENS DE SER INVISÍVEL

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RESENHA LIVRO: AS VANTAGENS DE SER INVÍSIVEL, STEPHEN CHBOSKY

Ao mesmo tempo engraçado e atordoante, o livro reúne as cartas de Charlie, um adolescente de quem pouco se sabe - a não ser pelo que ele conta ao amigo nessas correspondências -, que vive entre a apatia e o entusiasmo, tateando territórios inexplorados, encurralado entre o desejo de viver a própria vida e ao mesmo tempo fugir dela[...]Íntimas, hilariantes, às vezes devastadoras, as cartas mostram um jovem em confronto com a sua própria história presente e futura, ora como um personagem invisível à espreita por trás das cortinas, ora como o protagonista que tem que assumir seu papel no palco da vida. Um jovem que não se sabe quem é ou onde mora. Mas que poderia ser qualquer um, em qualquer lugar do mundo.
Sou um pouco suspeita quanto a falar desse livro: Minha paixão pelo mesmo começou no primeiro clique do download .pdf (digamos que, por preguiça e falta de interesse no livro traduzido, me deixei levar pela sensualidade da internet). A cada página lida, o livro foi se tornando uma bíblia, um mantra, e, -talvez-, ele nem seja tudo isso mesmo: O que faremos se o amor for realmente cego?

Quando ele chegou (pela Submarino), juntamente com o terceiro e último volume de Scott Pilgrim, por egoísmo e uma vontade de engolir o Ezra Miller e seu meio sorriso da capa, o deixei encostado por longas duas horas. E quando o peguei em corpo e alma não deu outra: Se meu amor já era tão grande antes, ficou ainda maior.

Não sei o que é amor, não entendo dessas coisas, mas quando encontro um livro que eu amo, ah, ai eu viro aquelas bobas apaixonadas e suspiro a cada piscadela da pessoa amada, - no meu caso, a cada virada de página no livro.

Charlie é um garoto problemático. Seu melhor amigo suicidou-se ainda muito novo e o primeiro dia no colegial o assusta até a morte. Ele não conhece ninguém além de sua própria irmã formanda que tem outros assuntos pra se preocupar. Seu irmão é um ótimo jogador de futebol, seus pais são incríveis e sua tia Ellen deixou uma saudade e um peso quase que mortal em sua vida. Até que ele conhece "Nada", ou Patrick, como preferir, e assim, também, conhece Sam e descobre sentimentos quais nunca teve que lidar antes só que "não pode pensar nela desse jeito".

A leitura é fácil, mas é densa. Os personagens parecem, na maioria das vezes, estar agindo por si próprios: O autor nada faz além de descrever as ações e o cérebro de Charlie é quase como uma máquina.

É impossível não se identificar com os momentos de tristeza aguda de Charlie, com sua vontade em melhorar tudo, mas acabar estragando as coisas.

"Às vezes eu leio um livro e acho que sou a pessoa no livro"

E essa citação não poderia estar mais certa.

Esse é um livro que, quando terminado, você fica parado, vegetando, aceitando o amor que merece, engolindo todas as palavras e as vomitando mais tarde. Eu gostaria de tê-lo escrito, mas isso não é sobre mim.

Bom, como já citei acima, eu tinha medo de ler o livro em corpo por conta da tradução e não podia estar mais errada: Eles fizeram um bom trabalho. A capa (embora sendo a mesma do filme), continua maravilhosa e fiel. A Rocco não pecou nessa edição maravilhosa que contém formatação ótima em todas as páginas.

E me lembro de ter escrito na última página do meu caderno de português: "Se Charlie se sentia infinito e Hazel Grace (do livro "A Culpa É Das Estrelas") disse que alguns infinitos são maiores que os outros, como ele se sentiu?"

"É só que eu não quero ser a paixonite de ninguém. Se alguém gosta de mim, eu quero que goste de mim de verdade, e não pelo que pensam que eu sou. E não quero que carreguem isso preso por dentro. Quero que mostrem para mim, para que eu possa sentir também. E se fazem alguma coisa de que eu não gosto, eu digo."

RESENHA FILME: AS VANTAGENS DE SER INVÍSIVEL, STEPHEN CHBOSKY

A história é narrada por um adolescente tímido e impopular que descreve a sua vida em uma série de cartas para uma pessoa anônima e explora as fases difíceis da adolescência, incluindo o uso de drogas e sexualidade
Não é um saco quando pegam seu livro favorito e o transformam em filme? Nesse caso, nao foi.

Embora a sinopse do filme seja meio ruim (ou MUITO!), o filme foi maravilhoso, talvez por ter sido dirigido pelo próprio autor, ou por ter a trilha sonora maravilhosa, ou até por possuir atores maravilhosos... Talvez, tenha sido tudo isso num conjunto que provocou as mais diversas emoções.

Ezra Miller foi um Patrick muito mais gay do que eu imaginava. Logan Lerman foi um Charlie perfeito. Emma, minha querida, você foi ótima em disfarçar seu inegável sotaque britânico! Sem contar com os outros nomes de peso que se encontram no longa, como: Nina Dobrev (The Vampire Diaries), Johnny Simons (Scott Pilgrim), Paul Rudd (Friends), Dylan McDermott (American Horror Story)...

De The Smiths à David Bowie, "are you baked?" "like a cake", frases e diálogos épicos, o cansaço e descaso de Charlie para com sua namorada que só fala de si mesma e achava o relacionamento de ambos muito individual, o filme ganhou um lugar no meu pódio de adaptações literárias contendo informações e uma dinâmica quase impecável

Está esperando o que para ver o filme?

Tamires

Onde comprar o livro.


O Médico e o Monstro - Robert Louis Stevenson

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SINOPSE: O MÉDICO E O MONSTRO, ROBERT LOUIS STEVENSON Um fato inesperado altera o ritmo calmo das ruas de Londres: alguém abre a porta dos fundos da residência de Henry Jekyll. A partir desse momento, o cotidiano se confunde com o inexplicável, o secreto, o sobrenatural. Quem é o sinistro Edward Hyde, e o que o une ao respeitável Dr. Jekyll? Duas personalidades opostas disputam a alma de um homem.
Apresentações à parte, bora pra resenha?

A edição que eu tenho (é a mesma que vocês estão vendo aqui ao lado) é produzida e distribuída pela editora Melhoramentos, e posso falar uma coisa? Ela é maravilhosa! A tradução foi bem feitinha e o livro tem várias ilustrações - feitas pelo talentoso Mauro Cascioli - muito caprichadas que me deixaram com medo do “monstro” quando eu o vi, para falar a verdade (sim, eu levei um susto quando virei à página e o vi lá, me encarando com aqueles olhos esbugalhados!).

 Minha mãe sempre diz que o que importa é o conteúdo. Ela não deixa de estar errada, mas eu adoro quando pego um livro bem feito e caprichado! Me deixa com muito mais gosto de lê-lo. E como nós já falamos das aparências, temos que falar de conteúdo agora, certo?

Vocês ainda não sabem – afinal de contas, esse é apenas o começo do blog -, mas eu adoro uma história de terror ou de suspense (com muito direito a sangue, morte, insanidade, coisas e lugares macabros, sobrenatural e por aí vai...), mas não adianta vir com qualquer historinha meia-boca manchada de sangue achando que vai me entreter. Nesse ponto, “O Médico e o Monstro” não decepciona. Um suspense muito bem contado.

Sabe quando você lê um livro que te prende e você não consegue parar enquanto não chega ao final? Tá aí. Por ser um livro não muito grande e ser tão intrigante, eu acabei o lendo em apenas um dia!

 O senhor Stevenson sabe realmente como escrever uma boa história. Além da criatividade, ele te revela sutilmente (bem nas entrelinhas mesmo) uma das partes do mistério, mas se engana você que acha que depois disso o livro perderá a graça e não te surpreenderá mais. Esses são com certezas os principais motivos para que a obra tenha se tornado um dos clássicos literários mundiais.

Me fazendo passar por curiosidade, raiva, medo, muita intriga e depois surpresa, “O Médico e o Monstro” sai daqui vitorioso com o placar de CINCO cafézinhos! Uma leitura super recomendada para qualquer idade (menos para as criancinhas, né? Por favor!), é claro se você não tiver medo de dormir à noite.

Você pode comprar o livro na loja virtual da Livraria Saraiva (aqui).

 E essa foi a resenha de hoje. Espero que vocês tenham gostado e leiam o livro, pois vale muito a pena. Beijão e até o próximo livro!
"Afinal de contas, pensei, eu era como meus semelhantes; e depois sorri, comparando-me com outros homens, comprando minha boa vontade ativa com a preguiçosa crueldade de sua negligência

Por: Laura

quarta-feira, janeiro 23, 2013


RESENHA: O ALIENISTA

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RESENHA: O ALIENISTA, MACHADO DE ASSIS As crônicas de Itaguaí, contam que viveu ali em tempos remotos um certo médico o Dr. Simão Bacamarte, filho da nobreza do lugar e o maior dos médicos do Brasil, Portugal e Espanha. Com o fim de estudar a loucura, ele trancafia no asilo que construíra e dera o nome de Casa Verde, um quinto da população da vila. Para ele o normal seria algo homogêneo repetido ao infinito, qualquer pessoa com um gesto ou pensamento que fugisse a rotina era objeto de seus estudos. A população aterrorizada se revolta, e aí outros tantos passam a morar no asilo. Mas, Simão Bacamarte tão atento às estatísticas, lembra que a norma está sempre com a maioria, e que é esta afinal quem tem razão.
“O Alienista” é uma narrativa curta de Machado de Assis, quase como um conto extenso. É um livro consideravelmente pequeno – o meu é menor que um livro pocket, tem 82 páginas e diagramação média. Dá pra ler rapidinho se você está acostumado com livros clássicos, porque a linguagem é meio que “densa”, mas não é nada impossível!

A história se passa na cidadezinha de Itaguaí, no Rio de Janeiro. Mora nessa cidade um médico interessado em estudar os mistérios da mente humana, o tal “Alienista”. Com esse objetivo em mente, ele consegue convencer a cidade de que a construção de uma Casa de Orates (vulgo manicômio) é mais do que uma ótima ideia. Tendo seu manicômio então construído, nosso sábio e curioso médico passa a caça de loucos para hospedar na casa. O problema é que com o passar do tempo, percebemos que o médico é o mais insano dentre todos os seus mentecaptos e ninguém consegue detê-lo.

A história é muito boa e intrigante, e nos faz analisar o que realmente vem a ser a loucura e a sanidade em si. Possui intrigas, rebeliões e uma pitada de corrupção. Uma história que parece insana e irreal, mas que poderia acontecer hoje mesmo.

Você pode encontrar o conto disponível em um dos livros da Biblioteca Federal (aqui), ou comprá-lo nas lojas virtuais da Livraria Saraiva (aqui), Livraria Cultura (aqui) ou Livraria Nobel (aqui)

Com muita criatividade e um final surpreendente, eu super recomendo à vocês o livro; se fosse para dar uma nota, daria à ele quatro cafés, porque demorou a cativar. E aí, sentiram vontade de ler o livro? Espero que sim, porque é ótimo! E se lerem, venham conversar comigo sobre a história e trocar ideias. Beijão pra vocês e até o próximo livro!
—A ciência, disse ele a Sua Majestade, é o meu emprego único; Itaguaí é o meu universo.
Por: Laura


Resenha: Looking for Alaska (Quem é você, Alasca?)

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RESENHA: LOOKING FOR ALASKA, JOHN GREEN

Miles Halter é um adolescente fissurado por célebres últimas palavras — e está cansado de sua vidinha segura e sem graça em casa. Vai para uma nova escola à procura daquilo que o poeta François Rabelais, quando estava à beira da morte, chamou de o “Grande Talvez”. Muita coisa o aguarda em Culver Creek, inclusive Alaska Young. Inteligente, engraçada, problemática e extremamente sensual, Alaska levará Miles para o seu labirinto e o catapultará em direção ao Grande Talvez. Quem é você, Alasca? narra de forma brilhante o impacto indelével que uma vida pode ter sobre outra. Este livro incrível marca a chegada de John Green como uma voz importante na ficção contemporânea.
Para início de conversa, li o livro em inglês e em pdf, o que intensificou e, ao mesmo tempo, diminuiu o fervor da leitura do livro. Sendo o mesmo, o segundo do John Green que já li em minha vida (li primeiro "A Culpa é Das Estrelas").

Meu interesse pelo livro começou pelo tumblr com aquela citação clichê e batida que todos conhecem "if people were rain, I was a drizzle and she was a hurricane", e seguiu-se assim com inúmeras pesquisas pelo google até que, enfim, encontrei o livro pra download e o amor foi instantâneo.

Miles é um garoto. Alaska, uma garota (por óbvio) e enquanto todas outras pessoas fumam por diversão, ela fuma para morrer.

Colonel é o primeiro amigo de Miles 'Pudge'. E entre pegadinhas na escola e namoradas à parte, você se encontra rindo, chorando e quase implorando por mais, mesmo que o livro doa no âmago. A frase tudo que é bom dura pouco se aplica de modo infernal à esse livro.

"É verdade que você coleciona últimas palavras?”

Ela correu para o meu lado, agarrou meu ombro e me fez sentar novamente.

“É, sim”, eu disse. E, um pouco hesitante, acrescentei: “Quer fazer um teste?”

“JFK”, ela disse.

“Mas isso é óbvio”, eu respondi.

“É?”

“Não. Essas foram suas últimas palavras. Alguém disse: ‘Sr. Presidente, Dallas ama o senhor’, e ele: ‘Mas isso é óbvio’, e tomou um tiro.”

John Green tem uma lábia e vai te levando e quase que te obriga a ler as próximas páginas. O livro não é tão grande, então, em menos de dois dias o devorei e na semana seguinte, o devorei de novo.

Você se engana se está pensando que esse livro é clichê e bobo, pelo contrário, ele contém diversas reflexões e é até mesmo um pouco pesado. A narrativa é simples e flui facilmente uma vez que se começa a ler.

O interessante do livro é ele ser divido entre "tantos dias antes" e "tantos dias depois" de um acontecimento que não vou contar (estou tentando não dar spoiler algum). Só aviso de antemão que, nos livros de John Green, o "felizes pra sempre" quase nunca é plausível e muita coisa ele deixa por conta de sua imaginação.

Narrado em primeira pessoa, o livro te faz sentir como se você estivesse preso dentro da cabeça de Miles, vivendo o que ele vive, sentindo o que ele sente, apenas tentando escapar do labirinto. Enfrentando guerras e ganhando apenas batalhas pessoais.
O livro te choca, te esmaga... E, quase como Alaska, é um furacão. E você não pode impedir de se sentir devastado.

“Hoje, acredito que somos mais do que a soma das nossas partes. Se pegássemos seu código genético, suas experiências de vida, seus relacionamentos com outras pessoas e os enxertássemos num corpo do mesmo tamanho e com as mesmas proporções, ainda assim não teríamos outra Alaska. Existe algo mais. Uma parte que é maior do que a soma das suas partes cognoscíveis. E essa parte tem de ir para algum lugar, pois não pode ser destruída.”

Por: Tamires

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Apresentação:

Suicídio Literal
: MORTE LIVROS E CAFÉ

Future Starts Slow by The Kills on Grooveshark
Suicídio (do latim "sui caedere"), matar-se, é um ato que consiste em pôr fim intencionalmente à própria vida.
Suicídio Literal por definição:
1 Ação ou efeito de afogar-se em livros. 2 Literatura ou cultura, procurada espontaneamente ou por falta de juízo.

O suicídio pelas palavras dos outros é quase como um aconchego quando se falta tempo ou até mesmo vontade. Procuramos livros que consigam saciar nossa sede, que nos matem, nos coma e até nos devore sem deixar osso algum de fora do banquete. E morremos a cada vez que fechamos um livro, só pra sobreviver outra vez em outra história, já que, na nossa própria, é impossível ter um desfecho digno. Observamos a tênue linha entre a loucura e a morte, espaçando os prós e contras dos pulmões ainda funcionarem, matamos-nos por pura diversão atroz sem nem pestanejar. Café deixa os dentes amarelos, cigarros te dão câncer no pulmão, chocolates dão espinhas e o tempo é só questão do que você tem pra fazer num dia. Tudo na vida humana é suicídio, até por respirar esse ar poluído, você já está se matando.
Morte, livros e café. Afinal, todos devem ser a mesma coisa.
Acorde: você está morto.
Pode não parecer, mas esse é um blog de resenhas com o intuito de nada mais nada menos que demonstrar à vocês um pouco do nosso entendimento sobre livros, filmes, et cetera. Sobre o nosso olhar pragmático e velho da vida, mesmo que nossa idade não tenha passado da casa dos dez. Uma vez nos disseram que pessoas que leem são perigosas e não hesito em concordar: O perigo da morte mora nas palavras.
Somos duas garotas que se conhecem desde que as Relíquias da Morte foram reveladas, se por assim dizer. Uma é alta, a outra é baixa. Mas as diferenças são clichês e remotas.






errata: *down