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quinta-feira, janeiro 24, 2013


RESENHA COMBO: AS VANTAGENS DE SER INVISÍVEL

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RESENHA LIVRO: AS VANTAGENS DE SER INVÍSIVEL, STEPHEN CHBOSKY

Ao mesmo tempo engraçado e atordoante, o livro reúne as cartas de Charlie, um adolescente de quem pouco se sabe - a não ser pelo que ele conta ao amigo nessas correspondências -, que vive entre a apatia e o entusiasmo, tateando territórios inexplorados, encurralado entre o desejo de viver a própria vida e ao mesmo tempo fugir dela[...]Íntimas, hilariantes, às vezes devastadoras, as cartas mostram um jovem em confronto com a sua própria história presente e futura, ora como um personagem invisível à espreita por trás das cortinas, ora como o protagonista que tem que assumir seu papel no palco da vida. Um jovem que não se sabe quem é ou onde mora. Mas que poderia ser qualquer um, em qualquer lugar do mundo.
Sou um pouco suspeita quanto a falar desse livro: Minha paixão pelo mesmo começou no primeiro clique do download .pdf (digamos que, por preguiça e falta de interesse no livro traduzido, me deixei levar pela sensualidade da internet). A cada página lida, o livro foi se tornando uma bíblia, um mantra, e, -talvez-, ele nem seja tudo isso mesmo: O que faremos se o amor for realmente cego?

Quando ele chegou (pela Submarino), juntamente com o terceiro e último volume de Scott Pilgrim, por egoísmo e uma vontade de engolir o Ezra Miller e seu meio sorriso da capa, o deixei encostado por longas duas horas. E quando o peguei em corpo e alma não deu outra: Se meu amor já era tão grande antes, ficou ainda maior.

Não sei o que é amor, não entendo dessas coisas, mas quando encontro um livro que eu amo, ah, ai eu viro aquelas bobas apaixonadas e suspiro a cada piscadela da pessoa amada, - no meu caso, a cada virada de página no livro.

Charlie é um garoto problemático. Seu melhor amigo suicidou-se ainda muito novo e o primeiro dia no colegial o assusta até a morte. Ele não conhece ninguém além de sua própria irmã formanda que tem outros assuntos pra se preocupar. Seu irmão é um ótimo jogador de futebol, seus pais são incríveis e sua tia Ellen deixou uma saudade e um peso quase que mortal em sua vida. Até que ele conhece "Nada", ou Patrick, como preferir, e assim, também, conhece Sam e descobre sentimentos quais nunca teve que lidar antes só que "não pode pensar nela desse jeito".

A leitura é fácil, mas é densa. Os personagens parecem, na maioria das vezes, estar agindo por si próprios: O autor nada faz além de descrever as ações e o cérebro de Charlie é quase como uma máquina.

É impossível não se identificar com os momentos de tristeza aguda de Charlie, com sua vontade em melhorar tudo, mas acabar estragando as coisas.

"Às vezes eu leio um livro e acho que sou a pessoa no livro"

E essa citação não poderia estar mais certa.

Esse é um livro que, quando terminado, você fica parado, vegetando, aceitando o amor que merece, engolindo todas as palavras e as vomitando mais tarde. Eu gostaria de tê-lo escrito, mas isso não é sobre mim.

Bom, como já citei acima, eu tinha medo de ler o livro em corpo por conta da tradução e não podia estar mais errada: Eles fizeram um bom trabalho. A capa (embora sendo a mesma do filme), continua maravilhosa e fiel. A Rocco não pecou nessa edição maravilhosa que contém formatação ótima em todas as páginas.

E me lembro de ter escrito na última página do meu caderno de português: "Se Charlie se sentia infinito e Hazel Grace (do livro "A Culpa É Das Estrelas") disse que alguns infinitos são maiores que os outros, como ele se sentiu?"

"É só que eu não quero ser a paixonite de ninguém. Se alguém gosta de mim, eu quero que goste de mim de verdade, e não pelo que pensam que eu sou. E não quero que carreguem isso preso por dentro. Quero que mostrem para mim, para que eu possa sentir também. E se fazem alguma coisa de que eu não gosto, eu digo."

RESENHA FILME: AS VANTAGENS DE SER INVÍSIVEL, STEPHEN CHBOSKY

A história é narrada por um adolescente tímido e impopular que descreve a sua vida em uma série de cartas para uma pessoa anônima e explora as fases difíceis da adolescência, incluindo o uso de drogas e sexualidade
Não é um saco quando pegam seu livro favorito e o transformam em filme? Nesse caso, nao foi.

Embora a sinopse do filme seja meio ruim (ou MUITO!), o filme foi maravilhoso, talvez por ter sido dirigido pelo próprio autor, ou por ter a trilha sonora maravilhosa, ou até por possuir atores maravilhosos... Talvez, tenha sido tudo isso num conjunto que provocou as mais diversas emoções.

Ezra Miller foi um Patrick muito mais gay do que eu imaginava. Logan Lerman foi um Charlie perfeito. Emma, minha querida, você foi ótima em disfarçar seu inegável sotaque britânico! Sem contar com os outros nomes de peso que se encontram no longa, como: Nina Dobrev (The Vampire Diaries), Johnny Simons (Scott Pilgrim), Paul Rudd (Friends), Dylan McDermott (American Horror Story)...

De The Smiths à David Bowie, "are you baked?" "like a cake", frases e diálogos épicos, o cansaço e descaso de Charlie para com sua namorada que só fala de si mesma e achava o relacionamento de ambos muito individual, o filme ganhou um lugar no meu pódio de adaptações literárias contendo informações e uma dinâmica quase impecável

Está esperando o que para ver o filme?

Tamires

Onde comprar o livro.

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